Possuir
o mavioso amor desejado,
é lançar semente aos corações
encontrados
nos dias da vida que por nós
passam,
e florescerá o ditoso bálsamo
querido.
Na nua terra, ansiosa ao fruto da
vida,
o regar com a fresca água
nascida,
é a seiva fecunda da essência, que
brotará
o hino da Natureza que à luz
dará.
E no pulsar dos corações ansiosos
das almas intranquilas, na paz viver,
que quantos e tantos quer receber:
nascerá o amor nos corpos ditosos,
porque este, sempre vencerá o
malévolo.
Vem Amor, no aconchego dos
corpos,
refresca-os suave e carinhosamente...
sensíveis, diz-lhes quanto valor
tens para a vida,
porque tua essência, sem ela,
nada vale...
sem ela, somos vultos de sombras
fatais.
Com o aroma das rosas a florescer
envolto na suave essência dos
nossos espíritos;
as mãos, nas meigas carícias dos
momentos volúveis
e com a fresca água bebendo nos instantes quentes,
nasceu o amor como criança,
fecundo em doces sorrisos.
Com o Amor, sim!
com ele,
bendigo à vida que vim.
NO SUAVE SUSSURRAR da Natureza,
ouviremos o adágio que ela nos dá
e falaremos com os sentidos
recatados,
inspirados como ela os sabe
oferecer.
Como crianças, envoltos na pureza
espalhada,
deixaremos seguir nas aguas
cantando
as pétalas por nós caídas da
inocente flor
que o aroma deixou e a saudade
levou.
Silenciosos, falar para quê?
- Tudo à volta é silente e vive.
Nossos corações, amor, sentem
o que os olhos vêem e dizer
querem.
Silencio este que fala mais que
quantas palavras:
Fala das felizes alegrias e das
dores acontecidas;
É elo da vida que por nós passa,
amor.
Com estas flores do silencio,
as palavras, soltas, foram nas
aguas correndo
e ficaram os ternos sentidos nos corações.
Acariciamos a densidade da Luz do
amor
que envolve irradiando os corpos
amados,
lúcidos e queridos nos seus desejos...
Ancorados no cais adjacente do
amor,
o porto de chegada do destino da
vida
proposto para todos de alegrias e
dor.
Sejamos os rostos deste silêncio
cativos nos corações do amor,
que um dia recordemos com saudade
no repouso do ardor que ficou.
EM CADA INSTANTE te encontro,
amor:
Com os olhos inocentes e ternos,
o coração no doce desejo de dar
e as volúveis mãos no afago de
acarinhar,
o
dia, contigo, tem mais brilho e a noite
mais encanto.
Te encontro na inocente criança
que recebe o afago desejado;
no idoso, o grato carinho que
ainda vem,
mas saudoso da mocidade que já
não tem
mas
de querer ainda o ser e com todos viver.
És mulher que o Mundo abraça;
és ternura que a todos enlaças.
Contigo, vou nos dias sempre
amados
na Esperança que renova os
corações abraçados,
embalados nas queridas inesquecíveis
memórias.
Seremos os seguidores do Amor
para que sempre floresça com fervor
em todos os corações:
a doce paz e queridas uniões
que o mundo tanto precisa e anseia.
Seremos como as meigas crianças
e teremos o inocente e puro amor,
doces carícias;
Sejamos como e companheiros da
afagada mulher,
porque ela floresce o amor,
do seu regaço sai o amor
que os corações querem ter.
GRANDEZA
MAIOR que esta, não há!
As
árvores se abraçam e as flores se beijam;
As
águas se deleitam com o Sol acariciando-as
e aconchegando o canto das aves e o viver dos
animais:
Assim, a Natureza sempre nos ensinará.
Que
mais queres amor?
Só
nos falta seguir o vento que nos leva
com
este abraço que nos cativa.
Não
é preciso fazer mais ruído que o vento
nem
mais movimento que as folhas das árvores.
De
mãos dadas e com o perfume destas flores,
suavizaremos para sempre as nossas recordações.
Encontramos
então o Amor, abraçamo-lo...
seguiremos
o caminho com ele
mesmo
que encontremos
alguns
tropeços e desassossegos.
Guardemos
dentro de nós
e
mais tarde desfolharemos as lembranças
com a saudade, para que se não diluem.
Que
importa que digam:
Ignorantes
e sonhadores,
fantasia
ou simples quimera,
se
os sentidos estão nos nossos corações.
Que
importa ignorância esta?
se
esta faz viver nos sossegos da paz
e na tranquilidade do Amor.
Somos
os seres da suave memória;
os
amantes da serenidade;
os
cativos desta Natureza que nos abraça.
Ficareis
com as vossas razões e ciências,
ficarei
com as minhas, – são crer!
Ficareis
com as vossas dúvidas
e eu ficarei com a paz que o Amor deu.
Valdemar Muge