sábado, 6 de setembro de 2014

NAS RUAS QUE PERCORRIAS


Na rua por onde percorrias
nos fadigados dias que passam,
 com tua airosidade juvenil,  nela largavas
quanta alegria,
quanta graciosidade no ar deixavas.
Elas ficavam mais floridas,
ficavam com quanta suavidade e cor:
era teu perfume de flor que também o eras;
teu natural encanto, do teu suave odor.
Seus olhos, deixavam cair no olhar
o encanto da graciosidade;
sua boca, o silencio da tranquilidade
e os sons da feliz mocidade;
do seu corpo,
a beleza se espalhava na aragem que passava
e a todos envolvia, afagando.

Ó flores de encanto meu, que já não vos vejo!
Das tuas ruas de encanto seu,
as flores de então, já a vida viveu:
saudosas talvez, daquelas que por lá viveu.
Ó fontes que também por elas choraste,
 vossas lágrimas correram no leito da saudade
 desses dias alegres passados e de felicidade.

Hoje respiro na aragem que passa
com as saudosas recordações que ainda me enlaça,
desse encanto das flores  da minha terra
 que nas ruas percorriam e que à luz do dia a todos sorriam
e aos corações faziam amar.
Hoje nas fadigadas ruas por onde passo,
outras airosidades outros corações abraça.
Das antigas flores de encanto meu,
daquelas de graciosidade infinda que os corações abraçava,
resta-me a saudade que fica do que já passou…
nas actuais, é futuro que no tempo ficou.

Valdemar Muge