Tu que foste como também o fui,
criança feliz ou menos feliz,
quando os teus sonhos começavam a
nascer,
e os teus desejos começavam a
florescer
nesse teu mundo de infância,
tuas vivências eram onde a fantasia
existia.
Hoje, são recordações do passado,
foram imaginações de menino:
todas se desvaneceram, se diluíram.
Foram castelos de areia que
desmoronaram,
foram barquinhos de papel
que na água correram e naufragaram.
Sonhavas, imaginavas:
que os sorrisos nunca desapareciam
dos rostos,
e o amor
permaneceria sempre nos corações das
pessoas;
que a paz, era infinda,
e a fraternidade era fecunda, sempre
floresceria.
Mas os teus sonhos, criança, correram
como o vento
sem que os pudesses agarrar...
eles foram como nuvens que se diluem
no espaço,
e as estrelas não brilharam nas tuas
fantasias.
Crescei, que os caminhos da realidade
vos surgirão,
e muitos outros sonhos virão
que quereis que sejam realizados.
Tudo virá no seu tempo:
Com as primaveras,
terás as tuas flores do amor
com as alegrias e felicidade da vida,
que terás direito.
Com o calor da vida,
construírás as tuas realidades
alicerçadas na honra e na coragem,
onde, um dia, nos outonos,
depois de teres vivido as auroras que
te floresceram
e percorrido as brumas do tempo
passado,
recordarás os sonhos que por ti
passaram
e que quantos então realizaste.