És
tu homem que cantaste as maravilhas da Natureza
de tamanho encanto e quanta beleza!:
Disseste o que o mar, na
mansidão, nos suaviza
e as copiosas fontes nos murmura
na fresca desliza;
Da luz Solar que nos abraça e a
todos alberga,
e das Estrelas que no Universo da
noite, cintila e eleva.
Eis a vida do mistério silente
que quanto tem o dá e se sente...
Que seria dela nesse silencio da
vida,
se não fosse o homem, como
fecundo pólen,
para a voz lhe dar à sua força
querida?
És tu, que com teus sonhos, a
imagem transmites;
com teu sentir, o clamor percursor
lhe dás,
com teu querer, sempre com ela
estás
porque dela és, latejas e vives.
Serás tu o complemento desta Obra-prima,
o enviado propagar da Natureza
que se anima?
Serás tu o animante desta
sobrevivência
ou o destruidor de onde vives?
- Ó Clemência!
Tu homem:
viverás a vida que possas ter
e que melhor saibas nela viver.
mas tu, homem, bem sabes o que
dentro de ti encerra...
porque és diferente de todos que
aqui habitam
e com eles saber viver e os compreender.
És distinto, porque teus desejos
brotam carinho;
teu coração, anseia amizade de
feliz união;
tua alma, procura o fluido do amor,
corrente que desejas com fervor.
Tuas palavras, buscam convívio;
teu olhar. percorre a beleza
irradiante;
tuas mãos, pretendem abraçar a
paz
que quão difícil é neste tempo
que faz.
És diferente dos outros seres, ó
homem!:
Porque tens a inteligência da
sabedoria;
o querer de aprender e sempre
mais seria;
a força do ser de melhor sempre
ser
no ideal aperfeiçoamento de mais
querer.
És o ser que vive, que melhor
deve
cultivar a existência do Universo!
O progénito da essência desta
Terra,
a maior maravilha que nela
encerra!
(e mal se assim o não honrasses,
serias então um vil nela ser.)
És enfim, fonte de vida para vida
aqui ser.
Valdemar
Muge
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