Por dentro
daqueles quadriculados vidros,
da velha
janela com as
portas de crivos,
-
da noiva, já de olhos cansados, - as
belas rendas
saíam de
suas mãos, com quantos
suspiros.
Lá
dentro daquela saudosa
janela,
quanta nostalgia
e lamentos, enfim...
daquele amor
que nunca terá
fim,
-
ansiosa felicidade daquela donzela.-
E
vós, que da janela também aguardavas:
o marido
ausente, distante, que
amavas;
a mãe
dilacerada, o filho
que combatia!
E
aquela triste viúva, com a
dura saudade,
orava pelo querido seu, - dura fatalidade! -
Sois
janelas de recordações, vidas que possuías.
Valdemar
Muge