Na rua por onde percorrias
nos fadigados dias
que passam,
com tua airosidade juvenil, nela largavas
quanta alegria,
quanta
graciosidade no ar deixavas.
Elas ficavam mais
floridas,
ficavam com quanta
suavidade e cor:
era teu perfume de
flor que também o eras;
teu natural
encanto, do teu suave odor.
Seus olhos,
deixavam cair no olhar
o encanto da
graciosidade;
sua boca, o
silencio da tranquilidade
e os sons da feliz
mocidade;
do seu corpo,
a beleza se espalhava na aragem que passava
a beleza se espalhava na aragem que passava
e a todos
envolvia, afagando.
Ó flores de
encanto meu, que já não vos vejo!
Das tuas ruas de
encanto seu,
as flores de então, já a vida viveu:
as flores de então, já a vida viveu:
saudosas talvez,
daquelas que por lá viveu.
Ó fontes que
também por elas choraste,
vossas lágrimas correram no leito da saudade
desses dias alegres passados e de felicidade.
Hoje respiro na
aragem que passa
com as saudosas
recordações que ainda me enlaça,
desse encanto das
flores da minha terra
que nas ruas percorriam e que à luz do dia a
todos sorriam
e aos corações
faziam amar.
Hoje nas fadigadas
ruas por onde passo,
outras airosidades
outros corações abraça.
Das antigas flores
de encanto meu,
daquelas de
graciosidade infinda que os corações abraçava,
resta-me a saudade
que fica do que já passou…
nas actuais, é
futuro que no tempo ficou.
Valdemar
Muge
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