sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

NO SILÊNCIO



Além, se ouve o clamor das gentes pela sobrevivência da vida,
 matizado de sentidos de dor e esperança, realidade vivida...
aqui, neste silêncio que a natureza me dá em afago sentir,
meus versos nascem nesse encanto que amo e o exaltei!

No silêncio encontrado do nascimento da vida,
ouve-se das cristalinas águas das fontes,
o seu alegre canto do hino a vida;
o desabrochar das flores que alegram a natureza, florindo,
que meu espírito se eleva, bendizendo ao Criador, se abrindo!...
a suave brisa que passa, embalando meu sentir em doce afago,
convida-me com ela em terno carinho, ao vosso encontro ir;
na pausa do voo das aves, em gesto amigo, ouço suas melodias...
e então, nestes silêncios,
vou embalado na suave brisa e nas asas das do canto amigo,
sonhando, sonhando feliz como a viagem para junto de vós seria.

No silêncio da felicidade, encontro a liberdade do meu canto:
o canto da poesia, do amor, da exaltação;
o canto da doçura das crianças, o canto da beleza há vida!
Encontro o doce olhar nos vossos olhos, o vosso sentir;
e o alegre sorriso nas faces, a vossa felicidade.

 No silêncio do amor, meu sentir se transforma em pétalas de poesia,
 em auroras de amor partilhado, em estrelas de paz;
 as vozes do céu me abençoam, abraçando, saudosas;
 e as estrelas iluminam meu caminhar, guiando.
 Nele, encontro a liberdade de tudo isto amar,
 de tudo isto sempre ter para vos dar.

No aconchego da paz que paira na natureza,
experimentamos e envolvemos nesses silêncios,
porque lá estará o amor e a tranquilidade que procuramos,
a liberdade de vivermos em fraternal Concórdia e louvor á vida.
Encontraremos a Omnipotência do Criador na beleza da Natureza;
no Universo das estrelas, a sua Paz, o seu Amor.

Mas... para além dos silêncios da tranquilidade,
o clamor da sobrevivência
ecoa nos seres humanos que no dia a dia vivem,
num mundo torturado de ódios e guerras,
de ambições mesquinhas, de miséria e opressão,
que por mais que contra isso lutem, tem sido em vão.
Mas há que encontrar o sentir dos silêncios
da paz e do amor em todos os povos,
porque são o refúgio do espírito e do apaziguamento da alma.

 Valdemar Muge

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