Além, se ouve o clamor das gentes pela
sobrevivência da vida,
matizado de sentidos de dor e esperança,
realidade vivida...
aqui, neste
silêncio que a natureza me dá em afago sentir,
meus versos
nascem nesse encanto que amo e o exaltei!
No silêncio
encontrado do nascimento da vida,
ouve-se das
cristalinas águas das fontes,
o seu alegre
canto do hino a vida;
o desabrochar
das flores que alegram a natureza, florindo,
que meu espírito
se eleva, bendizendo ao Criador, se abrindo!...
a suave brisa que
passa, embalando meu sentir em doce afago,
convida-me com ela em terno
carinho, ao vosso encontro ir;
na pausa do voo
das aves, em gesto amigo, ouço suas melodias...
e então, nestes
silêncios,
vou embalado na
suave brisa e nas asas das do canto amigo,
sonhando, sonhando
feliz como a viagem para junto de vós seria.
No silêncio da
felicidade, encontro a liberdade do meu canto:
o canto da
poesia, do amor, da exaltação;
o canto da doçura
das crianças, o canto da beleza há vida!
Encontro o doce
olhar nos vossos olhos, o vosso sentir;
e o alegre sorriso nas
faces, a vossa felicidade.
No silêncio do
amor, meu sentir se transforma em pétalas de poesia,
em auroras de
amor partilhado, em estrelas de paz;
as vozes do céu me
abençoam, abraçando, saudosas;
e as estrelas
iluminam meu caminhar, guiando.
Nele, encontro a
liberdade de tudo isto amar,
de tudo isto sempre ter para vos dar.
No aconchego
da paz que paira na natureza,
experimentamos
e envolvemos nesses silêncios,
porque lá
estará o amor e a tranquilidade que procuramos,
a liberdade de
vivermos em fraternal Concórdia e louvor á vida.
Encontraremos
a Omnipotência do Criador na beleza da Natureza;
no Universo
das estrelas, a sua Paz, o seu Amor.
Mas... para
além dos silêncios da tranquilidade,
o clamor da
sobrevivência
ecoa nos seres
humanos que no dia a dia vivem,
num mundo
torturado de ódios e guerras,
de ambições
mesquinhas, de miséria e opressão,
que por mais
que contra isso lutem, tem sido em vão.
Mas há que
encontrar o sentir dos silêncios
da paz e do
amor em todos os povos,
porque são o
refúgio do espírito e do apaziguamento da alma.
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