Se eu pudesse,
as
lágrimas que se derramam do meigo olhar,
e
deslizam nas macias
e
molhadas faces da inocente criança,
transformá-las-ia!:
As
da dor que do seu coração sai,
em
sorrisos de felicidade seria;
as
da angústia que da alma transborda,
em
balsamos de conforto daria;
as
do desespero pela fome
que
nas bocas paira,
em
lençóis de trigo moído estendia;
as
das inocentes abandonadas
pelas incompreensões,
daria
as mãos protectoras queridas;
as
lágrimas das órfãs pelas guerras
e pelas desgraças,
daria
um coração amigo,
um
afago de conforto infindo,
todo
meu ser para uma vida feliz!
Se
eu pudesse assim fazer, então sim,
seria
um ser imensamente feliz,
comungado
na partilha do amor!
Pudesse
eu,
todas
as lágrimas que caem nos tristes rostos,
transforma-las
em auroras de luz,
alegria, e felicidade!
Valdemar Muge
Mas que bom seria poder transformar as lágrimas em auroras de luz. Maravilhoso poema que adorei. Boa semana amigo Valdemar e beijos com muito carinho
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