QUANDO UM DIA
Quando um dia for com o vento
voando para as estrelas de Celestial Luz,
nas primaveras que encontrar,
encontrarei tantos ausentes, saudosos queridos...
então, nessas primaveras em flor,
com o canto da alegria e de amor, os abraçarei,
porque junto delas,
estarão os corações da fraternidade e do amor...
aí sei, que encontrarei o bálsamo
para a minha saudade de quem um dia deixar.
Quando um dia for com a aragem
nas tardes de verão que por elas voar,
despedir-me-ei, deslizando nas ondas do mar,
num saudoso abraço de saudade,
e, nas fontes por onde aqui passei e amei, pousarei
nessa suavidade que as águas me traziam e as cantei.
Quando um dia não tiver os silêncios do outono,
e tudo seja um passado tido, levarei do que guardei,
um regaço de natureza de cor e encanto,
para cantar a saudade disto perdido
(com o companheiro vento e a aragem amiga,)
a todos que encontrar,
para que me ouçam, me queiram abraçar
nos encontros do novo amar.
Quando um dia, aqui,
já não mais vos poder abraçar,
abraçarei nas estrelas da nova Luz,
todos os queridos, todos os amados,
esses espíritos que nos protegem e nos esperam
no eterno abraço de paz e amor.
Valdemar Muge

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