Quando passas por mim na rua,
graciosidade que foste e ainda
como é tua...
és do mar, varina amada, varina
cantada,
airosidade que espalhavas na rua
calcetada.
Recordas tuas venturas, teus
pregões,
quantos o eram, do mar à terra se
ouviam.
Tua voz, conhecida de todos era e
ouvir queriam,
varina do mar, varina da terra e
das canções.
Hoje, tantas saudades guardas:
Uma vida, que a vida te deu
quanta
ditosa felicidade e canseiras
tantas,
e grata é ao Deus, seu olhar
eleva.
Mundo o dela em que hoje vive...
como feliz é, nele assim pensar;
triste é, se meditar em tudo que
vê e existe...
feliz dela, que só recorda o que
quer invocar.
Como tu, tantas que com saudades
existem,
varinas foram e são recordadas;
foram e sempre serão amadas,
nesta terra onde eu e elas vivem.
… Quando hoje aqui, estas
palavras vos leio,
esta querida Varina da minha rua,
é-nos uma recordação minha e tua
e saudade dela, ao meu coração veio.
Valdemar
Muge
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